Código
RC174
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Autores
- MARIA LUISA DE OLIVEIRA HIGINO (Interesse Comercial: NÃO)
- MARIANA PEREIRA TSUKUDA (Interesse Comercial: NÃO)
- VICTOR OLIVEIRA MACIEL ROSA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
MACULOPATIA SOLAR SECUNDARIA A OBSERVAÇAO DE ECLIPSE SEM PROTEÇAO OCULAR ADEQUADA
Objetivo
Este trabalho tem o objetivo de relatar um caso de maculopatia solar bilateral secundária a observação prolongada de eclipse solar sem proteção ocular adequada em um paciente admitido em serviço de urgência de hospital terciário.
Relato do Caso
Paciente de 20 anos, masculino, sem comorbidades ou antecedentes oftalmológicos, procurou serviço de pronto atendimento oftalmológico do Hospital São Geraldo com queixa de escotoma central bilateral pior em olho direito (OD) há dois dias, após observação de eclipse solar por cerca de vinte minutos sem uso de proteção ocular adequada. Ao exame, sem alterações em reflexos pupilares, motricidade ocular extrínseca preservada. A acuidade visual (AV) era de 20/50 PH em OD e 20/40 PH em OE, biomicroscopia sem alterações e mapeamento de retina evidenciando lesão amarelada macular bilateral. O paciente foi submetido a realização de retinografia que apresentou a mesma lesão supracitada, além de OCT evidenciando ruptura da zona elipsoide subfoveal associada ao envolvimento do epitélio pigmentar e hiperreflectividade retina externa adjacente. Optou-se por conduta expectante. Após retorno em uma semana, houve melhora da AV subjetiva e objetivamente para 20/32+1 PH em OD e 20/25 PH em OE, manutenção do aspecto macular ao exame do fundo de olho e retinografia, bem como melhora da hiperreflectividade nas camadas da retina externa no OCT. Solicitado novo retorno em um mês, apresentando melhora total dos sintomas e atingindo AV 20/20 PH bilateral e demais achados do exame sem alterações significativas.
Conclusão
Portanto, assim como a literatura descreve, a maioria dos casos apresenta boa evolução e reversão do quadro, semelhante a este paciente. Todavia, deve existir maior divulgação por parte da mídia em parceria com oftalmologistas sobre os riscos e meios de prevenção desta patologia.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP