Sessão de Relato de Caso


Código

RC008

Área Técnica

Catarata

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal do Amazonas
  • Secundaria: Universidade Nilton Lins

Autores

  • GUILHERME VIEIRA PEREIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • LISA MELL MACHADO RUSSO (Interesse Comercial: NÃO)
  • Cláudia Maria Osório Chaves (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEURITE OPTICA ISQUEMICA ANTERIOR NAO ARTERITICA POS FACOEMULSIFICAÇAO

Objetivo

Relatar um caso de neurite óptica isquêmica anterior não arterítica pós facoemulsificação e revisar a epidemiologia desta doença.

Relato do Caso

Paciente do sexo masculino, 66 anos, com diagnóstico prévio de catarata e acuidade visual (AV) 20/200 (sem melhora com correção) foi indicado à facoemulsificação em olho direito. O procedimento aconteceu sem intercorrências, sob anestesia exclusivamente tópica e implante de lente intraocular (LIO) monofocal asférica. O pós-operatório imediato apresentava córnea transparente, LIO centrada e AV 20/20 sem correção. No 14° dia de pós-operatório, o paciente apresentava baixa acuidade visual súbita (AV 20/200) e visão borrada e “cortada ao meio”. À retinografia apresentava edema de papila com foco de hemorragia em “chama de vela” peripapilar (imagem 1). Iniciado Prednisona 80 mg e realizado acompanhamento a cada 3 dias com tomografia de coerência óptica (OCT) e retinografia. O OCT inicial mostrava uma espessura de 250 micras no disco a qual foi reduzindo progressivamente até alcançar o valor de 197 micras no 7° dia de corticoterapia. A redução do edema ocorreu também progressivamente até sua resolução total no 27° dia de tratamento (imagem 2), neste momento com acuidade visual 20/30p.

Conclusão

A etiologia e fisiopatogenia da neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (NOIA-NA) ainda são desconhecidas, mas é aceito que resulte da hipoperfusão das artérias ciliares posteriores, levando a um infarto isquêmico. A cirurgia de catarata aumenta 4,6 vezes o risco de NOIA-NA, ocorrendo principalmente entre 72 horas e 6 semanas pós-operatório. Embora o risco absoluto seja baixo, cirurgiões devem estar cientes dessa complicação, especialmente devido ao aumento das cirurgias de facoemulsificação refrativa, buscando formas de mitigar seus efeitos adversos.

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