Sessão de Relato de Caso


Código

RC183

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Visão Hospital de Olhos

Autores

  • AMANDA AZEVEDO OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
  • RAFAEL EIDI YAMAMOTO (Interesse Comercial: NÃO)
  • CLÉCIO FERNANDES FERREIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

NEUROPATIA OPTICA SECUNDARIA A IMUNIZAÇAO CONTRA SARS-COV-2 (COVID 19): UM RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever através de uma abordagem qualitativa e descritiva o relato de caso de um paciente com edema de papila bilateral após imunização com a vacina AstraZeneca contra Sars-Cov-2 (COVID 19).

Relato do Caso

E.C.R, sexo masculino, 41 anos, autônomo, residente em Brasília-DF, diagnosticado com hipertensão arterial há 1 ano não controlada, compareceu á consulta oftalmológica, no ano de 2021, com queixa de perda progressiva de acuidade visual em ambos os olhos (AO) após 15 dias da imunização contra Sars-Cov-2 (COVID 19) com a vacina AstraZeneca. Ao exame oftalmológico, apresentava acuidade visual de 20/50 em AO com correção. O mapeamento de retina e retinografia colorida evidenciava edema de nervo óptico em AO, onde o disco óptico estava hiperemiado e elevado, sem hemorragias. Mácula com reflexo preservado, sem lesões ou edema. Demais estruturas retinianas sem alterações. Na retinografia fluorescente em AO apresentava edema de papila. Tempo de braço-retina regular, vascularização com enchimento arteriolar e venular pelo contraste completo, ausência de bloqueios e constrições. Ausência de áreas isquêmicas, mácula com presença de hipofluorescência fisiológica e disco óptico com hiperfluorescência tardia do anel escleral aumentada.

Conclusão

O paciente desenvolveu papilite após a vacinação com a AstraZeneca contra a Sars-Cov-2 (COVID-19), com resposta positiva ao tratamento com corticoide via oral e pulsoterapia com esteroides, tendo regressão dos sintomas e melhora da acuidade visual. Além disso, foi encaminhado para controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS). Embora a temporalidade sugira uma possível associação entre a vacinação e o desenvolvimento da papilite, não é possível estabelecer uma causalidade direta. O caso destaca a necessidade de vigilância e documentação dos eventos adversos pós-vacinação, pois, embora seja incomum, sua análise permite a compreensão da segurança das vacinas e orienta novas investigações.

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