Código
RC003
Área Técnica
Catarata
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Unversitário de Brasília
Autores
- MARIA FERNANDA DE LIMA BRITTO (Interesse Comercial: NÃO)
- HELOÍSA LIMA HELLER (Interesse Comercial: NÃO)
- THIAGO ALVES MARTINS (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RELATO DE CASO: CIRURGIA DE CATARATA EM PACIENTE COM SINDROME DE AXENFELD RIEGER.
Objetivo
Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de um paciente com a rara síndrome de Axenfeld-Rieger que passou por cirurgia de facoemulsificação com implante de lente intra-ocular em ambos os olhos.
Relato do Caso
Paciente, 43 anos, refere doença na íris em investigação desde a infância de ambos os olhos. Previamente recebeu diagnóstico de coloboma. Ao exame, Ectoscopia: Discreto prognastismo e alteração no desenvolvimento dentário. Acuidade visual com correção em olho direito 20/50 e em olho esquerdo 20/40. A biomicroscopia: ambos os olhos: córnea transparente, malformações na íris, com regiões de atrofia, alguns orifícios e corectopia, fácico com catarata nuclear 2+/4+. Fundoscopia: ambos os olhos com retina aplicada, papila corada, escavação 0,2 e mácula sem alterações. À gonioscopia: em ambos os olhos, implantação alta da íris até a linha de Shwalbe. Ecografia ocular: Sem alterações. À avaliação genética, identificado Síndrome de Axenfeld - Rieger de herança autossômica dominante. Paciente submetida à cirurgia de catarata, cirurgia realizada pela técnica de facoemulsificação. Foi utilizado expansores de íris e implantado lente intraocular de peça única no saco capsular. Após remoção de expansores de íris foi evidenciado esgarçamento da pupila. Decidido por não realizar pupiloplastia pela evidência de fragilidade tecidual. Comparece ao ambulatório 15 dias depois de operar olho direito e 9 dias de pós-operatório de olho esquerdo. Sem queixas e com acuidade visual sem correção 20/40 e 20/30. Com correção: Olho direito -0,75 -1,00 175 20/20 e olho esquerdo -0,50 -1,25 180 20/20.
Conclusão
A síndrome de Axenfeld-Rieger é uma doença rara, com complicações oculares severas e incapacitantes. No contexto da cirurgia de catarata, trata-se de um desafio, principalmente, devido às alterações irianas. Sendo assim, é necessário o reconhecimento precoce desta enfermidade, para que se possa proporcionar um manejo clínico e cirúrgico adequados, com intuito de preservar a função visual dos pacientes bem como evitar uma evolução desfavorável.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP