Código
RC158
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Universitário Onofre Lopes
Autores
- MARIANA INGRYD DE ALBUQUERQUE DANTAS (Interesse Comercial: NÃO)
- Arthur Carlos da Costa (Interesse Comercial: NÃO)
- Einstein Dantas de Aguiar Filho (Interesse Comercial: NÃO)
Título
HARADA EM CRIANÇA DO SEXO MASCULINO: UM RELATO DE CASO.
Objetivo
Relatar um caso de Vogt-Koyanagi-Harada em um adolescente do sexo masculino, com 13 anos de idade.
Relato do Caso
Paciente J.Y.C.N. masculino, 13 anos, branco, com queixa de baixa acuidade visual (BAV) progressiva em olho esquerdo (OE) há 15 dias, associado a dor e hiperemia. Nega comorbidades prévias, e possui histórico familiar oftalmológico negativo. Ao exame oftalmológico apresentou acuidade visual (AVL) com correção olho direito (OD): 20/20 e OE: 20/400. Refração OD plano, e OE sem melhora. Biomicroscopia OD com córnea clara, câmara anterior ampla, pupila fotorreagente, fácico. Biomicroscopia OE com córnea clara, câmara anterior ampla, reação de câmara anterior 3+, pupila fotorreagente, fácico. Pressão intraocular 16x8. Fundoscopia OE com presença de grande quantidade de líquido subretiniano. Achados da fundoscopia confirmados por Tomografia de Coerência Óptica (OCT) e vistos também na retinografia colorida (figura 2). Foi realizado também Angiografia com Fluoresceína, que apresentou várias regiões com pinpoints (figura 2). O ultrassom traz ainda o achado de aumento de espessura da coroide, com sinal do T (figura 1). Após investigação diagnóstica, e exclusão de outras causas, foi fechado o diagnóstico de Vogt-Koyanagi-Harada. Foi realizado pulsoterapia com metilprednisolona por 3 dias, com subsequente desmame com prednisona e início de Metotrexate. Hoje o paciente se apresenta sem sequelas visuais, com AVL 20/20 em ambos os olhos.
Conclusão
A doença de Vogt-Koyanagi-Harada é uma condição inflamatória rara, de origem autoimune, que acomete preferencialmente o sexo feminino, entre a terceira e quinta década de vida. Para um melhor prognóstico visual do paciente, é necessário que essa patologia seja prontamente diagnosticada e tratada de acordo com sua fase de evolução.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP