Código
RC214
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA)
Autores
- Rafael Da Silva Zoratto (Interesse Comercial: NÃO)
- Maria Eduarda Figueiredo Rebolho (Interesse Comercial: NÃO)
- Artur Souza Dias (Interesse Comercial: NÃO)
Título
TRAUMA CONTUSO ASSOCIADO A ROTURA DE COROIDE EM CRIANÇA. UM RELATO RARO
Objetivo
Este estudo de caso procura elucidar os desafios colocados pela rotura de coróide traumática e enfatizar o papel crítico do oftalmologista na sua identificação e manejo oportunos.
Relato do Caso
T. A. S. , 8 anos, sexo masculino, com história de trauma contuso em olho direito, evoluindo com diminuição súbita da acuidade e dor ocular. Ao exame: acuidade visual corrigida de conta dedos à 2 metros no olho afetado e de 100/100 no olho contra-lateral, com pressão intraocular (PIO) de 15 mmHg além de importante ceratite e reação inflamatória em câmara anterior que dificultava visualização do fundo de olho . Após o segundo dia de tratamento do quadro com uso de antiobiótico, midriático e corticóide tópico , a acuidade visual do paciente melhorou para 20/100 e no exame fundoscópico revelou lesão ovalada de 2 diâmetros de papila, localizada temporalmente à fovea com área linear esbranquiçada se extendendo inferiormente. A tomografia de coerência óptica (OCT) (VER FIGURA 2) demonstrou perda de continuidade do EPR com afinamento da coróide além de acúmulo seroso confirmando o diagnóstico. Como forma de tratamento para o descolamento seroso discutiu-se o expectante, o medicamentoso, a fotocoagulação à laser e o cirúrgico. Entretanto, devido a localização da lesão em região macular, tanto o laser e a cirurgia foramdescartados e optou-se por tratamento clínico conservador com corticoide sistêmico na dose de (1 mg/kg/dia) e seguimento clínico semanal para acompanhar a evolução.
Conclusão
A rotura de coróide bem como os descolamentos de retina exigem reconhecimento imediato e manejo adequado para prevenir deficiência visual irreversível. Sua associação com doenças do colágeno e trauma requer uma abordagem holística na avaliação e cuidado do paciente. O resultado visual final depende da localização acometida e do tratamento das complicações subsequentes de forma personalizada a cada caso de acordo com as condições da lesão .
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP