Grand Round - Sessão de Relato de Caso Oral


Código

GR07

Área Técnica

Estrabismo

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)

Autores

  • ARTHUR SARAIVA DE QUEIROZ (Interesse Comercial: NÃO)
  • PATRICK FRENSEL DE MORAES TZELIKIS (Interesse Comercial: NÃO)
  • JULIANA TESSARI DIAS ROHR (Interesse Comercial: NÃO)

Título

PARESIA DE III PAR CRANIANO TRANSITORIA – A IMPORTANCIA DA SEMIOLOGIA NO DIAGNOSTICO CLINICO DO ESTRABISMO.

Objetivo

Relatar um caso de estrabismo paralítico transitório ocorrido após acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCh).

Relato do Caso

E.A.S., masculino, 42 anos, portador do vírus HIV, queixa de diplopia horizontal e desvio ocular à esquerda após procedimento de trepanação bilateral para drenagem de hematoma subdural agudo causado por AVCh (Imagem 1 – TC de Crânio). Observou-se acuidade visual corrigida de 20/20 em olho direito (OD) e 20/40 em olho esquerdo (OE). Na ectoscopia, anisocoria com midríase e ptose palpebral à direita com eixo visual parcialmente livre. Ao cover test, evidenciou-se exotropia de OE medindo 50 DP (Imagem 2 – A). Nas versões foi constatada limitação de adução, elevação e depressão de OD. À fundoscopia apresentou papiledema +4/+4, com hemorragias intra-retinianas peripapilares bilateralmente. Realizou-se punção lombar com pressão de abertura aumentada (32mmHg). Diagnosticou-se paresia de III par à direita após AVCh e Hipertensão Intra-craniana (HIC) remanescente ao procedimento neurológico. Equipe da neurocirurgia iniciou Acetazolamida 250mg 8/8 horas. Após 30 dias, retornou sem diplopia e com melhora espontânea do desvio e movimentos oculares. Ao Prisma e Cover apresentava exoforiade OE (8 DP) para perto e ortotropia para longe (Imagem 2 – B). Fundoscopia evidenciou melhora do papiledema com regressão parcial das hemorragias intra-retinianas em ambos os olhos.

Conclusão

As causas de paresia de III par envolvem diabetes mellitus, isquemia, aneurismas e tumores, tendo prognóstico reservado. Relata-se caso raro de paralisia de III par craniano de resolução espontânea associado a AVCh e HIC em paciente soropositivo. Em decorrência da manutenção da preferência de fixação com o olho parético (de melhor acuidade visual) evidenciou-se o desvio ocular secundário, um desafio semiológico ao diagnóstico. Esse achado deve ser considerado em casos similares.

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