Código
RC252
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Federal do Amazonas
- Secundaria: Universidade Nilton Lins
Autores
- GABRIEL NADAF DA COSTA VAL (Interesse Comercial: NÃO)
- Guilherme Vieira Pereira (Interesse Comercial: NÃO)
- Claudio Do Carmo Chaves Filho (Interesse Comercial: NÃO)
Título
Uveíte granulomatosa idiopática: um relato de caso
Objetivo
Relatar um caso de uveíte granulomatosa idiopática
Relato do Caso
Paciente do sexo feminino, 36 anos, apresentou-se em julho de 2023 com queixa de inflamação ocular, iniciada em 2020, quando foi diagnosticada com uveíte. Após tratamento com prednisona e sulfametoxazol/trimetoprima, passou a fazer uso apenas de prednisona 20mg/dia, posteriormente reduzida para 10mg em dias alternados. Não possui comorbidades sistêmicas diagnosticadas e realizou rastreio de doenças infecciosas e autoimunes, apresentando apenas IgG CMV positiva. Apresenta miopia, com acuidade visual corrigida de 20/40 no olho direito 20/30 no olho esquerdo, além de múltiplos pontos brancos em equador na oftalmoscopia indireta. Ao exame, observou-se a presença de PKS granulomatosos na área superior da córnea, além de nódulos de Busacca na íris. O mapeamento de retina revelou "snow balls" em vítreo e periferia mais evidente do lado esquerdo, com possíveis sinais de atividade inflamatória persistente. Após investigações adicionais, incluindo sorologia para tuberculose negativa, foi diagnosticada como pan uveíte, com suspeita de sarcoidose ou doença de Lyme.
Conclusão
Este caso ilustra um desafio clínico encontrado na prática oftalmológica, destacando a complexidade do diagnóstico e tratamento das uveítes, especialmente quando a etiologia permanece desconhecida. Apesar dos esforços diagnósticos abrangentes, incluindo exames laboratoriais e investigações específicas, a causa da uveíte granulomatosa nesta paciente permanece indefinida. O manejo terapêutico visa controlar a inflamação e preservar a função visual, envolvendo uma abordagem multidisciplinar e acompanhamento regular para ajustar a terapia conforme necessário. Este relato destaca a importância da vigilância clínica contínua e da pesquisa adicional para melhor compreender e abordar eficazmente essas condições oftalmológicas desafiadoras.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP