Código
RC062
Área Técnica
Neuroftalmologia
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Instituto Suel Abujamra
Autores
- Samanta Ribeiro Muccini (Interesse Comercial: NÃO)
- EVER ERNESTO CASO RODRIGUEZ (Interesse Comercial: NÃO)
- VITORIA MIRANDA THOMAZ (Interesse Comercial: NÃO)
Título
DIAGNOSTICO DE ANEURISMA PARACLINOIDE DE ARTERIA CAROTIDA INTERNA A PARTIR DE SINTOMAS VISUAIS – RELATO DE CASO
Objetivo
Objetiva-se demonstrar que alterações visuais decorrentes do efeito de massa causado por aneurismas do segmento paraclinoidal (C5) podem ser os primeiros sintomas perceptíveis ao paciente, colaborando para a investigação, diagnóstico e condutas adequadas.
Relato do Caso
Paciente, feminino, 82 anos, atendida em serviço de oftalmologia por baixa acuidade visual em olho direito há um mês após cefaleia temporal à direita e síncope. Ao exame, acuidade visual sem correção é 20/40 em OD e 20/20 em OE. Biomicroscopia, há lente intraocular sem opacidade de cápsula posterior em ambos os olhos, sem outras alterações. Mapeamento de retina, disco óptico levemente pálido em região temporal inferior bilateral, mácula livre, retina aplicada. Foram solicitados: campo visual, OCT de mácula e nervo, e angiotomografia de crânio. Campo visual, constatou-se escotomas periféricos bilaterais, maior em OD. No OCT de mácula e nervo nada digno de nota. A angioTC caracterizou formação ovalar de densidade levemente aumentada, aspecto discretamente homogêneo, relacionado a um volumoso aneurisma de artéria carótida interna direita (segmento C5 - paraclinoide), medindo cerca de 1,6cm x 1,2cm x 1,1cm em seus maiores eixos axiais, na topografia do seio cavernoso direito, insinuando-se no corpo do osso esfenoide, comprimindo artéria oftálmica ipsilateral. Após avaliação da equipe de neuroftalmologia e neurocirurgia, considerando idade, risco cirúrgico e desejo da paciente, optou-se por conduta conservadora e observação.
Conclusão
Os aneurismas na porção C5 são justapostos a complexas inserções neovasculares, ósseas e durais. Os principais sintomas são baixa acuidade visual, por compressão do nervo óptico, dor facial nos territórios de inervação do nervo trigêmeo, disfunção da motricidade ocular, por compressão do III e IV nervos cranianos. Estes podem ser os primeiros sintomas identificados pelo paciente, sendo importante a investigação pormenorizada com exames complementares e orientação sobre opções terapêuticas, seja observação, cirurgia endovascular ou a céu aberto.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP