Código
RC248
Área Técnica
Uveites / AIDS
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Santa Casa de Misericórdia de Santos
Autores
- ISABELA BELMON BARRETO CAMPOS (Interesse Comercial: NÃO)
- LUCAS BRANDÃO DAMASCENO GOES (Interesse Comercial: NÃO)
- HUGO BORGES MARQUES (Interesse Comercial: NÃO)
Título
SINDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA: UM DIAGNOSTICO QUE CONTINUA NOS SURPREENDENDO
Objetivo
Apresentar um caso clínico de Vogt- Koyanagi-Harada em um paciente pediátrico, demonstrando sua evolução atípica e desfecho
Relato do Caso
Paciente, feminino, 11 anos, 44 kg, sem comorbidades prévias, foi encaminhada ao pronto socorro oftalmológico, após diversos tratamentos frustos para conjuntivite, sem melhora do quadro, evoluindo com queixa de baixa acuidade visual progressiva em ambos os olhos (AO) associada vitiligo, apresentava acuidade visual de 20/200 em olho direito (OD) e conta dedos (CD) há 2 metros, na biomicroscopia (BIO) de AO nota-se: poliose dos cílios, precipitados ceráticos granulomatosos, ceratopatia em faixa, reação de câmara anterior de 4+/4+ com flare e sinéquias posteriores 360°, na fundoscopia apresentava vitreíte 4+/4+ com sinais de coroidite em toda periferia, sem a presença de descolamento de retina, mas com áreas de mobilização de pigmento. Sem alterações aos exames laboratoriais e a ressonância de crânio e órbitas, PPD e líquor negativos. Realizado pulsoterapia por 5 dias com metilprednisolona, utilização de esteróides tópicos e cicloplégicos, melhorando a acuidade visual para 20/25 em AO, regressão da reação de câmara e da vitreíte, mantendo aspectos crônicos fundoscópicos. Agora, em uso de esteróides sistêmicos em regressão lenta, sem outros sinais de recidiva
Conclusão
A Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada é uma doença autoimune multissistêmica idiopática contra melanócitos. A doença é dividida em 4 fases, sendo elas, fase prodrômica, uveítica aguda, convalescência e recorrente-crônica. É importante ressaltar no relato de caso a apresentação atípica onde a paciente que apresentou o primo diagnóstico com achados tardios da doença. O tratamento consiste em uso de esteróides, podendo ser necessário agentes imunossupressores caso pacientes não toleram ou não apresentam resposta a esteróides sistêmicos. Também é importante destacar que o reconhecimento precoce influencia diretamente no prognóstico visual do paciente
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP