Código
RC110
Área Técnica
Oftalmopediatria
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade Católica de Brasilia
Autores
- KAREN MOSLAVES ARCANJO (Interesse Comercial: NÃO)
- FERNADA FAGUNDES COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
- ISABELA PORTO SILVA COSTA (Interesse Comercial: NÃO)
Título
HEMANGIOMA CAPILAR RETINIANO EM PACIENTE PORTADOR DA DOENÇA DE VON HIPPEL LINDAU: RELATO DE CASO
Objetivo
Relatar o caso de um achado incidental de Hemangioma Capilar em paciente pediátrico diagnosticado com Doença de Von Hippel Lindau (VHL).
Relato do Caso
Paciente masculino de 13 anos, sob controle evolutivo pós tratamento cirúrgico de hemangioblastoma de fossa posterior há 4 anos. Em cuidado multidisciplinar devido a diagnóstico clínico de VHL, portador também de Síndrome Nefrótica, atribuída a possível glomerulopatia por lesões mínimas. Ao exame oftalmológico, acuidade visual (AV) sem correção de 20/20 em ambos os olhos, sem anormalidades na biomicroscopia e pressão intraocular normal. À fundoscopia do olho direito, foi visualizada uma lesão intraocular vermelho-alaranjada, localizada temporalmente à mácula, bem periférica, compatível com aspectos clínicos de Hemangioma Capilar Retiniano (HCR), caracterizada pela presença de uma arteríola nutridora dilatada e uma veia de drenagem ingurgitada; o vítreo estava claro, sem indícios de descolamento de retina. O olho esquerdo estava sem alterações. Dada a localização periférica e o tamanho da lesão de aproximadamente 1 diâmetro de papila, foi solicitada a angiografia panorâmica de ambos os olhos com intuito de identificar possíveis exsudações ou edema macular. Faz-se necessário o adequado monitoramento da lesão, especialmente se houver ameaça à visão e as opções de tratamento primárias incluem a fotocoagulação a laser e a crioterapia.
Conclusão
O caso em questão elucida um achado incidental em um paciente pediátrico com AV normal, que possui uma lesão periférica de difícil visualização. O HCR é reconhecido como a principal causa de morbidade visual e cegueira em indivíduos com VHL. Este caso enfatiza a importância crítica da detecção precoce e do tratamento oportuno, ressaltando o valor de um exame oftalmológico detalhado e cuidadoso na alteração do prognóstico visual dos pacientes.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP