Código
RC187
Área Técnica
Retina
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: SANTA CASA BH
Autores
- LUCIANA XAVIER OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)
- LUISA MACHADO DOS SANTOS ROCHA (Interesse Comercial: NÃO)
- LUIS FELIPE DA SILVA ALVES CARNEIRO (Interesse Comercial: NÃO)
Título
NEURORRETINOPATIA MACULAR AGUDA ASSOCIADA A DENGUE – UM RELATO DE CASO
Objetivo
RELATAR UM CASO DE NEURORRETINOPATIA MACULAR AGUDA (AMN) EM PACIENTE COM DENGUE COMO FATOR DESENCADEANTE E DISCUTIR AS DIVERSAS MANIFESTAÇÕES OCULARES OBSERVADAS DIANTE DA EPIDEMIA DE ARBOVIROSES.
Relato do Caso
SEXO MASCULINO, 24 ANOS, COMPARECEU AO SERVIÇO DE URGENCIA OFTALMOLÓGICA COM QUEIXA DE ESCOTOMA CENTRAL SÚBITO HÁ 3 DIAS EM OLHO ESQUERDO (OE). REFERIA SINTOMAS SUGESTIVOS DE DENGUE HÁ 7 DIAS E DIAGNÓSTICO SOROLOGICO (IGG, IGM E ANTIGENO NS1 REAGENTES). PREVIAMENTE HÍGIDO EM ACOMPANHAMENTO DEVIDO SUSPEITA DE GLAUCOMA. AO EXAME, ACUIDADE VISUAL (AV) COM ÓCULOS DO PACIENTE 20/20 EM AMBOS OS OLHOS (AO), BIOMICROSCOPIA E TONOMETRIA SEM ALTERAÇOES, FUNDOSCOPIA COM RELAÇÃO ESCAVAÇÃO/DISCO AUMENTADA EM AO, TORTUOSIDADE VASCULAR AUMENTADA, HEMORRAGIAS E ALTERAÇÃO DE BRILHO MACULAR EM OE. A TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA (OCT) EVIDENCIOU: CELULARIDADE VITREA EM AO, BANDA HIPERREFLECTIVA EM RETINA EXTERNA PARAFOVEAL DE OE. A RETINOGRAFIA COM AUTOFLUORESCENCIA DEMONSTROU PONTOS DE HIPOAUTOFLUORESCENCIA EM REGIAO PARAFOVEAL. DIANTE DO DIAGNÓSTICO DE AMN, PACIENTE FOI TRATADO COM CORTICOIDE ORAL, DOSE INICIAL 40MG/DIA E REDUÇÃO GRADUAL. APÓS 7 DIAS, REFERIA REDUÇÃO DO ESCOTOMA CENTRAL. MANTEVE AV 20/20, CAMPO VISUAL COMPUTADORIZADO DENTRO DA NORMALIDADE. OCT EVIDENCIOU ATROFIA DO EPR EM REGIAO PARAFOVEAL E MELHORA DA LESÃO INICIAL.
Conclusão
NO ÚLTIMO ANO O BRASIL VIVE UMA NOVA EPIDEMIA DE DENGUE E OUTRAS ARBOVIROSES, ASSOCIADA A ALTERNÂNCIA DO SOROTIPO VIRAL, SENDO ESTE UM PROBLEMA DE SAÚDE PUBLICA. ALÉM DAS AFECÇÕES SISTEMICAS POTENCIALMENTE GRAVES, AS MANIFESTAÇÕES OCULARES OBSERVADAS SÃO DIVERSAS. PODENDO APRESENTAR-SE NA FORMA DE QUADROS LEVES ATÉ OS MAIS GRAVES COMO FOVEOLITE, AMN, HEMORRAGIAS RETINIANAS, EDEMA MACULAR E NEURITE ÓPTICA. DESTACA-SE, PORTANTO, A IMPORTANCIA DA SUSPEIÇÃO DO DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO DIANTE DO QUADRO OCULAR, NOTIFICAÇÃO DOS CASOS, ACOMPANHAMENTO E TRATAMENTO CORRETO.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP