Sessão de Relato de Caso


Código

RC253

Área Técnica

Uveites / AIDS

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: HCOE

Autores

  • Priscila Ribeiro Almeida (Interesse Comercial: NÃO)
  • Monique Barbosa Moreira (Interesse Comercial: NÃO)
  • Daniele Piai Ozores (Interesse Comercial: NÃO)

Título

UVEITE SECUNDARIA A SINDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA E O SEU ACOMETIMENTO MULTISSISTEMICO

Objetivo

Relatar o caso clínico de um paciente com uveite secundária a síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada. É uma enfermidade rara que atinge os tecidos que contêm melanócitos, como os olhos, sistema nervoso central, orelha interna e pele. A doença incide entre 30 e 40 anos de idade, sem preferencia por sexo. O acometimento ocular com uveíte e descolamento de retina é o mais frequente e pode determinar amaurose permanente. A variabilidade no aparecimento da doença e heterogenicidade das manifestações clínicas iniciais, dificultam e retardam o diagnóstico.

Relato do Caso

C.C.P.S, sexo feminino, 54 anos, sem comorbidades, comparece ao serviço oftalmológico HCOE em junho 2021, com queixa de cefaleia e visão turva em ambos os olhos (AO) e zumbidos há 8 dias. Ao exame, apresentava acuidade visual com melhor correção (AV): 20/50 parcial em olho direito (OD) e 20/70 em olho esquerdo (OE). Biomicroscopia (BIO) e fundoscopia com descolamento de vítreo posterior, alteração do brilho macular e aumento da pigmentação da retina em região temporal inferior. Retorna em agosto 2021, evoluindo para AV de OD: conta dedos 50 cm e OE: 20/400. À BIO AO: Hiperemia conjuntival 360 4/4, sinéquia entre cristalino de íris e precipitados ceráticos (PKs), flare 1/4 e reação de câmara anterior (RCA) 1/4. À Fundoscopia (FO): Celularidade vítrea 2/4 e descolamento seroso AO. Prescrito tratamento tópico com dexametasona e atropina e corticoide via oral. Solicitados exames laboratoriais (sorologias, FAN, PPD, VHS E PCR), ultrassonografia de ambos os olhos, angiografia, e avaliação reumatológica. Após, foi iniciado tratamento com metotrexato e ácido fólico. Apresentou melhora gradual do quadro clinico, evoluindo com AV de 20/40 em ambos olhos e melhora dos zumbidos. Realizado acompanhamento trimestral, e liberado desmame de metotrexato após 1 ano de tratamento.

Conclusão

Os critérios clínicos são bem estabelecidos, proporcionando um diagnóstico eminentemente clínico. É imprescindível a realização do diagnóstico precoce, instituição do tratamento e acompanhamento seriado, continuado e especializado.

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