Sessão de Relato de Caso


Código

RC224

Área Técnica

Trauma/Urgências

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo

Autores

  • VINICIUS ARANTES DE PAIVA FREITAS (Interesse Comercial: NÃO)
  • Eliza Miranda Pereira (Interesse Comercial: NÃO)
  • Felipe Sabbag Stersa (Interesse Comercial: NÃO)

Título

CORPO ESTRANHO INTRAOCULAR: “HIDE AND SEEK”

Objetivo

Relatar as particularidades da abordagem cirúrgica em casos de trauma ocular com a presença de corpo estranho.

Relato do Caso

Homem, 47 anos de idade, admitido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo com queixa de baixa acuidade visual progressiva em olho direito 23 dias após algo bater no olho direito enquanto martelava um prego. Ao exame apresentava acuidade visual em olho direito de movimento de mãos e em olho esquerdo de 20/20. Na biomicroscopia do olho direito foi identificada laceração corneana auto selante e corpo estranho metálico aderido em catarata traumática (figura 1a e 1b). O paciente foi submetido a cirurgia de facoemulsificação e no intraoperatório não foi identificado o corpo estranho, acreditando-se que havia sido aspirado junto aos fragmentos da catarata. No entanto, na Tomografia Computadorizada de controle foi identificado que o corpo estranho ainda estava presente (figura 1c). No exame de biomicroscopia do pós operatório não foi observado corpo estranho visível (figura 1d) e não foi possível realizar gonioscopia ou OCT de câmara anterior devido edema de córnea importante. O paciente foi submetido novamente a cirurgia exploradora para retirada do corpo estranho. Inicialmente, acreditava-se que o objeto se encontrava atrás da íris, porém foi identificado o objeto metálico com cor muito semelhante à íris (figura 1e) na região angular inferior (figura 2). O paciente evoluiu com acuidade visual de 20/20 no pós-operatório de 2 semanas e biomicroscopia sem alterações (figura 1f).

Conclusão

As cirurgias para remoção de corpo estranho intraocular podem ser desafiadoras. A tomografia é um excelente método diagnóstico para confirmar a presença do fragmento metálico porém não determina especificamente a localização do fragmento. O corpo estranho presente no ângulo pode ser difícil de localizar tanto no pré-operatório como no intraoperatório. A tomografia de controle após a cirurgia é fundamental para afastar possíveis fragmentos remanescentes que podem trazer complicações oculares graves.

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