Código
RC007
Área Técnica
Catarata
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: SANTA CASA DE PORTO ALEGRE
Autores
- JULIANA MENTGES FERNANDES LIMA (Interesse Comercial: NÃO)
- EDUARDA TANUS STEFANI (Interesse Comercial: NÃO)
Título
RELATO DE CASO: LENTICONE POSTERIOR EM PACIENTE JOVEM
Objetivo
Objetivo: relatar um caso de lenticone posterior em mulher jovem com acuidade visual 1.0 sem correção.
Relato do Caso
Relato de Caso: paciente feminina, 35 anos, previamente hígida, vem a consulta de revisão oftalmológica e apresenta em acuidade visual sem correção 1.0 em ambos os olhos e J1 para perto. Em exame de auto refrator apresentou medidas médias de grau -3,00 esférico -7,50 cilindro com 83° de eixo em olho direito e -0,25 esférico e -0,50 cilindro com 24° de eixo em olho esquerdo. Paciente apresentava apenas queixas relacionadas a olho seco e superfície. Sem queixa de baixa da acuidade visual. Após dilatação pupilar foi possível identificar em exame de biomicroscopia à retroiluminação o sinal da gota de óleo em região medial em olho direito e olho esquerdo sem alteração. A Fundoscopia não apresentava alterações.
Conclusão
Conclusão: o lenticone consiste em uma deformação em forma de cone ou esférica localizado na cápsula e no córtex do cristalino. Pode localizar-se nas faces anterior ou posterior. Ao contrário do lenticone anterior que se associa a síndrome de Alport, o lenticone posterior, é em geral um achado isolado, sem associação com patologia sistêmica. Uma malformação congênita, esporádica, o lenticone posterior é mais frequente que o anterior, ocorre mais em mulheres, na maioria das vezes é unilateral e pode estar associado a opacidades progressivas do córtex posterior. O impacto visual desta anomalia pode ocorrer em razão do seu potencial ambliogênico, de anisometropia e pode haver aumento da protrusão e da cápsula do cristalino, com a formação de catarata total. Porém, a progressão leva meses a anos e geralmente é associada com bom prognóstico visual. O diagnóstico precoce e o manejo adequado resultam na melhora importante da acuidade visual.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP