Sessão de Relato de Caso


Código

RC130

Área Técnica

Órbita

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Hospital Nossa Senhora das Graças

Autores

  • Luiz Eduardo Goncalves Barros (Interesse Comercial: NÃO)
  • willian antonio severino bueno (Interesse Comercial: NÃO)

Título

MENINGIOMA ESFENOIDAL EXTENSO: RELATO DE CASO

Objetivo

O objetivo deste trabalho é relatar o quadro clínico e manejo de um meningioma esfenoidal extenso e suas associações com o comprometimento oftalmológico decorrente do crescimento tumoral, além de alertar para o cuidado no diagnóstico precoce devido o risco de comprometimento visual irreversível.

Relato do Caso

Mulher, 58 anos, previamente hígida, procurou a emergência do nosso serviço, com história de cefaleia refratária aos tratamentos convencionais propostos e baixa visual à direita, com início há 6 meses. Ao exame clínico apresentava-se com ausência do reflexo fotomotor do olho direito e sem percepção luminosa deste olho. Sem alterações referentes ao nível de consciência, motoras e sensitivas, além de motilidade ocular extrínseca preservada. Na TC de órbitas identificou-se lesão expansiva sólida na região parasselar, paraclinóide e na fossa média do lado direito, com extensão e obliteração parcial para a fissura orbital superior ipsilateral e seio maxilar e apresentava características sugestivas de meningioma esfenoidal. A lesão foi ressecada parcialmente com plano de radioterapia em caráter pós-operatório. Por meio do anatomopatológico e perfil imuno-histoquímico, concluiu-se tratar de meningioma meningotelial (grau 1 da OMS). O tratamento, em caráter pós-operatório, foi realizado com acelerador linear de fótons, com energia de 6MV, na dose de 54 Gy, em 30 frações, dirigidos à lesão residual e, bem tolerado pela paciente.

Conclusão

Os meningiomas são tumores quase sempre benignos, que acometem o SNC em graus variáveis, e podem apresentar diferentes características ao longo de sua evolução. A importância do diagnóstico por imagem, no tratamento contemporâneo e no manejo do meningioma está em sua capacidade de informar a localização, o crescimento ao longo do tempo e o efeito sobre os tecidos adjacentes. O tratamento dos meningiomas intracranianos benignos é cirúrgico e por vezes constitui um grande desafio técnico, sem uma certeza do melhor tratamento adjuvante.

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