Sessão de Relato de Caso


Código

RC157

Área Técnica

Retina

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Autores

  • LUANA NERY MATOS (Interesse Comercial: NÃO)
  • MARLOS HENRIQUE SOUSA DE OLIVEIRA JUNIOR (Interesse Comercial: NÃO)
  • RICARDO DANILO CHAGAS OLIVEIRA (Interesse Comercial: NÃO)

Título

HAMARTOMA ASTROCITICO EM PACIENTE COM ESCLEROSE TUBEROSA: RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar um caso de Hamartoma Astrocítico Retiniano em paciente com Esclerose Tuberosa.

Relato do Caso

Paciente de 18 anos, sexo feminino, portadora de Esclerose Tuberosa, encaminhada por médico neurologista para avaliação oftalmológica. Em acompanhamento prévio com dermatologista, foram observados angiofibromas na face. Em consulta oftalmológica, a paciente queixava-se de episódios de amaurose associados à tontura. Ao exame oftalmológico: ausência de lesões externas, acuidade visual de 20/20 em ambos os olhos, mobilidade ocular sem limitações ou relato de dor. Pressão intraocular de 12 mmHg em ambos os olhos. Biomicroscopia anterior sem achados dignos de nota em ambos os olhos. A Retinografia do olho esquerdo evidenciou lesão elevada pré-retiniana em arcada temporal inferior, retina aplicada, mácula íntegra, papila fisiológica e vasos sem alterações. Fundoscopia do olho direito sem alterações. A Tomografia de Coerência Óptica (OCT) do olho esquerdo revelou a presença de lesão hiperrefletiva, elevada, com cavitações associadas, na camada interna da retina, na região da arcada temporal inferior. As alterações encontradas são compatíveis com Hamartoma Astrocítico Retiniano, um tumor glial benigno frequentemente associado à Esclerose Tuberosa.

Conclusão

O Hamartoma Astrocítico Retiniano corresponde a um tumor glial benigno encontrado na retina, mais frequentemente como uma lesão única. Lesões múltiplas ou bilaterais podem ser indicativas de doença sistêmica, como a Esclerose Tuberosa. Classicamente, aparece na Retinografia como uma lesão elevada, de cor branca ou creme e bem circunscrita. Está mais comumente associada à Esclerose Tuberosa, no entanto, também pode ser encontrada em pacientes com neurofibromatose. Embora o achado possa apontar para uma doença sistêmica, também pode ser encontrado incidentalmente como uma apresentação isolada no exame de retina. Diante do diagnóstico, é recomendado o acompanhamento periódico com o oftalmologista.

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