Código
P11
Área Técnica
Córnea
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Universidade de Brasília (UnB)
Autores
- Gustavo Rezende Esterl (Interesse Comercial: NÃO)
- CARLA DUHAU BONI (Interesse Comercial: NÃO)
- Almi Cardoso Ribeiro Júnior (Interesse Comercial: NÃO)
- Caio Resende da Costa Paiva (Interesse Comercial: NÃO)
- Maria Regina Chalita (Interesse Comercial: NÃO)
Título
TRANSPLANTE DE CORNEA: RETROSPECTIVA EPIDEMIOLOGICA NOS ANOS DE 2014 A 2023 NO BRASIL
Objetivo
Analisar dados sobre TC nas regiões brasileiras entre Janeiro de 2014 e Dezembro de 2023.
Método
Inquérito epidemiológico baseado em informações sobre internações para realizar TC que ocorreram entre os anos de 2014 a 2023 no Brasil. Os dados foram obtidos por meio da plataforma TABNET pertencente ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foi realizada a análise comparativa dos dados colhidos e revisão da literatura.
Resultado
Ocorreram 37.689 internações para a realização de TC no período de 2014 a 2023 no Brasil. Desse total, houve 1.874 (5%) internações na Região Norte e 2.607 (6,9%) na Centro-Oeste. Por outro lado, na Região Sudeste houve 17.868 (47,4%) internações. Foi observada uma queda no número de TCs em 2020, cuja taxa de internação foi de 5,4%; devido a pandemia de Covid-19. Além disso, o número anual de TCs após 2020 não foi, em nenhum dos anos analisados, maior do que nos anos anteriores a 2020. O número anual de TCs apresentou variação positiva entre os anos de 2022 e 2023. Ao se observar o local de residência desses pacientes, encontra-se que 1.905 (5,1%) moravam na Região Norte, enquanto 17.770 (47,1%), na Região Sudeste. Não foram contemplados nos dados do DATASUS os estados AM, RR, AP, SE e MT.
Conclusão
O transplante de córnea (TC) melhora a qualidade de vida de pacientes com patologias que afetam sua visão, como o ceratocone. Sabendo de sua importância, identificar tendências epidemiológicas e disparidades regionais é necessário para compreender o atual cenário brasileiro de TC e suas possíveis melhorias. São necessários estudos para entender por que o número anual de internações não retornou ao patamar anterior a 2020. A discreta variabilidade entre os dados, comparando local de internação e local de residência, sugere migração interregional pouco expressiva para a realização de TC. Outrossim, é importante que os dados dos estados não contemplados constem na plataforma.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP