Sessão de Encontro com o Autor – Tema Livre (Pôster)


Código

P52

Área Técnica

Refração

Instituição onde foi realizado o trabalho

  • Principal: Escola Cearense de Oftalmologia

Autores

  • Samuel Montenegro Pereira (Interesse Comercial: NÃO)
  • Rian Vilar Lima (Interesse Comercial: NÃO)
  • Fernando Queiroz Monte (Interesse Comercial: NÃO)
  • Francisco Victor Carvalho Barroso (Interesse Comercial: NÃO)
  • Juliana Lucena Martins Ferreira (Interesse Comercial: NÃO)
  • Abrahão da Rocha Lucena (Interesse Comercial: NÃO)

Título

EVOLUÇAO DA HIPERMETROPIA EM ADULTOS: ESTUDO LONGITUDINAL

Objetivo

Analisar longitudinalmente a evolução da hipermetropia em adultos, utilizando dados retrospectivos de pacientes submetidos a exames oftalmológicos ao longo de um período significativo.

Método

Coorte retrospectiva baseada em dados de fichas oftalmológicas de hipermétropes, examinados entre 1977 e 2007. Foram selecionadas refratometrias realizadas em dois momentos: uma sob cicloplegia e, outra, quando a mesma pessoa atingia a presbiopia. A análise incluiu a medição da hipermetropia e a acomodação residual. Os pacientes foram divididos em grupos, com base nas variações refrativas ao longo do acompanhamento.

Resultado

Dentre os 62 pacientes incluídos, identificaram-se quatro tipos de evolução: o primeiro grupo, correspondente a 27% dos casos, ou tiveram miopização, mantendo-se como hipermétropes, ou passavam a ser míopes, tendo uma média de idade inicial e final (MIF) de 24,7 e 43,3, com média de variação de dioptrias (MVD) de -0,7878. O segundo grupo, compondo 38% da amostra, teve MIF de 26,5 e 44,6, e mostrava uma estabilidade nos achados com MVD de 0,14. O terceiro, MIF de 26,5 e 47, e o quarto grupo, MIF de 27,7 e 50,6; contando 19% e 16%, respectivamente, da amostra, tiveram aumento significativo da hipermetropia; sendo o terceiro grupo moderado (MVD: 0,52), e o quarto grupo grande (MVD: 1,29).

Conclusão

Os resultados sugerem que a evolução da hipermetropia, em adultos, pode variar significativamente, com alguns pacientes mostrando estabilidade refrativa, enquanto outros experimentaram aumentos moderados ou significativos. A miopização foi observada em um subgrupo, destacando a complexidade do processo. A análise longitudinal revelou diferenças na acomodação residual entre os grupos, indicando possíveis mecanismos subjacentes à evolução da hipermetropia.

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