Código
RC053
Área Técnica
Glaucoma
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba
Autores
- AMANDA LAMOGLIA BITTENCOURT (Interesse Comercial: NÃO)
- Fernanda Fernandes Gomes (Interesse Comercial: NÃO)
- Lucas Filadelfo Meyer (Interesse Comercial: NÃO)
Título
OCLUSAO VENOSA DECORRENTE DE GLAUCOMA PIGMENTAR: UM RELATO DE CASO.
Objetivo
Relatar um caso de oclusão venosa isquêmica secundária a glaucoma pigmentar.
Relato do Caso
L.A.R., masculino, 74 anos, hipertenso e tabagista com alta carga tabágica, apresenta-se com baixa acuidade visual progressiva há 12 meses em olho direito. Refere histórico de catarata e DMRI, com de antioxidante. Ao exame, acuidade visual deolho direito (OD) de movimento de mãos e em olho esquerdo (OE) 20/4. À biomicroscopia, visualizados neovasos em bordo pupilar de OD. OE sem alterações. À gonioscopia, em OD visualizamos trabeculado pigmentado 360º com dispersão pigmentar intensa (3+/4+) sinéquia nasal, neovasos em campos superior, inferior e linhas de Schie e Zentmeyer. Em OE, visualizada importante dispersão pigmentar. Pressão intra-ocular de 28 e 22 mmHg, respectivamente. Biomicroscopia de fundo de olho e mapeamento de retina evidenciando em OD disco óptico róseo com escavação 0,7, afinamento superior e inferior, bordos bem delimitados, além de hemorragia vítrea, neovasos e hemorragia subrretiniana em média periferia com exsudatos algodonosas em polo posterior; em OE foi identificado disco óptico róseo, escavação aumentada, bordos bem delimitados e drusas maculares. A Retinografia com fluoreisceína demonstrou oclusão de veia central de retina com acometimento macular e vazamento tardio macular. Paciente segue sob cuidados da equipe da Retina e do Glaucoma, atualmente em uso de anti-oxidantes, dorzolamida e timolol. Além disto, aguarda realização de facoemulsificação e vitrectomia via pars plana (VVPP) com injeção de anti-VEGF em OD.
Conclusão
Glaucoma pigmentar é, em geral, decorrente da conversão da síndrome de dispersão pigmentar, cujo diagnóstico é dificultado devido à apresentação do assintomática. A doença pode ser controlada clinicamente, sendo que em casos mais refratários pode-se optar por tratamento intervencionista. No caso apresentado, paciente evoluiu com oclusão de veia central da retina, provocando importante perda visual, culminando em ato cirúrgico para tentativa de controle do quadro oftalmológico.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP