RELATO DE CASO: CERATITE E ULCERA DE CORNEA APOS PICADA DE MARIMBONDO
O trauma ocular resultante de picada de marimbondo é uma ocorrência rara, geralmente afetando a córnea, como local primário da lesão. Os danos variam dependendo da profundidade da penetração do ferrão e de fatores imunológicos e tóxicos. Complicações frequentes incluem lesões no epitélio da córnea, infiltração estromal, perda de células endoteliais, uveíte anterior, glaucoma, catarata, neurite óptica até a perda da visão.
Uma paciente de 59 anos procurou atendimento oftalmológico um dia após sofrer uma picada de marimbondo na córnea do olho direito (OD), no primeiro momento lavou com água abundante. A paciente relatava turvação visual, algia ocular e hiperemia, vacinas em dia.
Seu exame relvelou acuidade visual 20/200 em olho direito (OD), 20/40 em olho esquerdo (OE) e pressão intraocular de 12 mmHg em ambos os olhos. A Biomicroscopia revelou edema palpebral moderado, associado a secreção purulenta amarelo esverdeado, hiperemia conjuntival 3+/4+, edema corneano epitelial e estromal, dobras de Descemet na córnea, ceratite punctata inferior e úlcera de córnea de 5x6mm.
Inicialmente, foram iniciados cuidados com lubrificante ocular sem conservante, reepitelizante e moxifloxacino, durante acompanhamento diário em um segundo momento prescrito corticoide tópico e L-caps D. Houve melhora significativa da acuidade visual para 20/20 em 37 dias, MR impraticável dado a ulcera ocular, solicitado USG sem alterações.
Discussão Complicações oculares após picadas de insetos exigem diagnóstico precoce e tratamento adequado para evitar danos permanentes à visão.
Conclusão Este caso destaca a importância do reconhecimento e tratamento imediato das complicações oculares após picadas de insetos para preservar a função visual. Essa experiência ressalta a relevância de considerar as complicações oculares em pacientes com histórico de picadas de insetos.
Córnea
Hospital de Olhos Noroeste do Paraná - Paraná - Brasil
RAFAEL TORRES DOS SANTOS, Gabriel Mahnic Villa, Ana Claudia Marques Preto
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP