Dados do Trabalho


Título

MANIFESTAÇAO ATIPICA DA SINDROME DE MARCUS GUNN

Objetivo

Relatar caso de portador de Síndrome de Marcus Gunn (SMG) com manifestação atípica dos parâmetros de sincinesia.

Relato do Caso

A SMG é definida como ptose congênita ou adquirida associada a movimentos sincinéticos da pálpebra superior (PS) e da mandíbula durante a locomoção da mesma. Acredita-se que sua fisiopatogenia seja desencadeada através da inervação sincinética do músculo pterigóide externo e do músculo elevador da pálpebra superior (MLPS), apontando conexão anômala entre esses nervos. Sendo assim, o MLPS passa a ser inervado pelo nervo oculomotor (fisiológico) e pelas ramificações motoras do nervo trigêmeo (patológico).
Paciente masculino, 41 anos, residente de oftalmologia, portador de SMG. Durante a residência, o paciente apresenta sua manifestação de SMG para seu staff de neuroftalmologia e realiza medições para caracterizar o subtipo específico de sua patologia.
Na posição primária do olhar apresenta-se ptose dificilmente perceptível na pálpebra superior esquerda (PSE), medindo 2 mm. À movimentação da mandíbula, verifica-se elevação somente da PSE em abertura máxima de 4 mm. O movimento específico da mandíbula que deflagra a SMG é somente a protrusão mandibular, e não a abertura bucal nem a lateralização mandibular. Durante as atividades diárias, o paciente refere que a SMG é perceptível apenas durante o ato de mastigação de alimentos com consistência mais endurecida, tal como carnes.
Segundo classificação internacional, uma abertura ocular menor que 2mm configura SMG leve. A ptose mínima é fenômeno incomum em portadores da SMG. Por fim, o movimento mandibular mais comum para a elevação da PS é a abertura bucal, de modo que a especificidade da protrusão mandibular configura manifestação atípica desta condição.

Conclusão

Por se tratar de manifestação leve nos âmbitos da ptose e da abertura da PS, optou-se por conduta conservadora. A análise do caso demonstra que manifestações neuroftalmológicas congênitas podem se apresentar com prognóstico diverso e favorável dentre a gama de acometimentos desta subespecialidade da oftalmologia.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Clínica de Olhos Benchimol - Rio de Janeiro - Brasil, Instituto de Oftalmologia do Rio de Janeiro - Hospital da Gamboa - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Gabriel Lima Benchimol, Beatriz Medina Pena, Ludmila Gonçalves Ferreira Reis

Promotor

Realização - CBO

Mídia de apoio

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Organização

Organizadora

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