Título

NEOPLASIA MALIGNA OCULAR E ANEXOS NO BRASIL ENTRE 2014-2023: ANALISE DE CUSTOS E FATORES ASSOCIADOS

Objetivo

Descrever os custos dos serviços hospitalares para tratamento de neoplasia maligna ocular e anexos no Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2014 e 2023, analisando o perfil epidemiológico dos pacientes e a distribuição geográfica dos gastos.

Método

Estudo epidemiológico transversal com dados obtidos da base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), especificamente do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). A análise compreendeu o período de janeiro de 2024 até dezembro de 2023, sendo coletadas informações sobre sexo, raça/cor, faixa etária e custos desprendidos por cada região.

Resultado

O investimento total do SUS em tratamentos para neoplasia maligna ocular e de seus anexos alcançou R$18.554.138 no período analisado. A região sudeste liderou os gastos com R$9.691.104, seguida por nordeste (R$4.591.696), sul (R$2.569.017), norte (R$885.558) e centro-oeste (R$816.761). Quanto ao perfil epidemiológico, observou-se maior alocação de recursos para homens (R$10.653.096) em comparação às mulheres (R$7.901.042), e, por raça/cor, indivíduos brancos (R$8.156.004) e pardos (R$8.262.214) representaram 88,48% do gasto total. Em relação à faixa etária, 43,50% dos custos foram destinados a pacientes entre 1 e 4 anos (R$5.688.091) e 60 e 69 anos (R$2.383.162).

Conclusão

Os gastos hospitalares com neoplasia maligna ocular e anexos foram significativos de 2014 a 2023, destacando-se as regiões sudeste e nordeste. A análise sugere que estratégias preventivas direcionadas especialmente às crianças e idosos podem reduzir os custos futuros com essa condição, promovendo economia ao sistema de saúde.