Dados do Trabalho


Título

PTOSE PALPEBRAL DECORRENTE DE MIASTENIA GRAVIS COM ABORDAGEM CIRURGICA POR FRONTALIS TRANSFER: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de blefaroptose miogênica por Miastenia Gravis usando a técnica de Frontalis Transfer para correção palpebral.

Relato do Caso

Mulher, 52 anos, com blefaroptose de ambos os olhos (AO) e diagnóstico de Miastenia Gravis, em uso de inibidor de acetilcolinesterase e corticoide oral. De antecedentes, timectomia, 2 abordagens prévias de ptose palpebral e facoemulsificação AO. Teste de Hirshberg revelou exotropia (XT), e cover test, XT alternante, com prisma 30 ao Krimsky. Sem queixas de diplopia. Às versões, limitação à movimentação ocular, pior à levoversão. Acuidade visual (AV) com fenda estenopeica de 20/25 em AO. Biomicroscopia e fundoscopia sem anormalidades AO. À ectoscopia, blefaroptose superior bilateral, sem melhora ao descansar as pálpebras por 2 minutos. Medidas de fenda palpebral de olho direito (OD) de 3mm e de olho esquerdo (OE) de 4mm; distância entre a margem da pálpebra superior e o reflexo pupilar em posição primária do olhar de OD de -2 e de OE de -1; função do músculo elevador da pálpebra superior (MEPS) de OD de 4mm e de OE de 6mm; reflexo de Bell fraco em AO. Indicado Frontalis Transfer para OD, com curativo de Frost ao fim da cirurgia. Em primeiro dia de pós-operatório (PO), paciente apresentava lagoftalmo de 5mm à oclusão espontânea e de 2mm à oclusão forçada. Um mês de PO, lagoftalmo de 2mm à oclusão espontânea e de 2mm à oclusão forçada. Paciente satisfeita com resultado, aguarda programação cirúrgica contralateral.

Conclusão

Miastenia gravis é uma desordem da junção neuromuscular por comprometimento dos recepetores de acetilcolina envolvidos nas sinapses, afetando os músculos extraoculares. A blefaroptose se deve ao envolvimento do MEPS. Em pacientes já submetidos a abordagens de ptose palpebral e com excursão palpebral deficiente, o frontalis transfer consiste na criação de um flap pelo músculo frontal à placa tarsal, de modo que o MEPS avance sobre a aponeurose e crie uma função de polia para dinâmica palpebral, a fim de assegurar eixo visual e restaurar estética.

Área

Oculoplástica

Instituições

Instituto Penido Burnier - São Paulo - Brasil

Autores

FERNANDA SOTTO MAIOR DO VALLE PINHEIRO, VINICIUS CIDRAL CORREA, LUIZA ABREU MINUSSI

Promotor

Realização - CBO

Mídia de apoio

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