Dados do Trabalho


Título

CASO DE NEURITE OPTICA COM ANTI-MOG E SOROLOGIA PARA SIFILIS POSITIVOS: MOGAD OU NEURITE SIFILITICA?

Objetivo

Apresentação de caso de neurite óptica com anti-MOG e sorologia para sífilis positivos, levantando-se a hipótese da infecção como gatilho para o desenvolvimento da MOGAD.

Relato do Caso

Homem de 57 anos, hipertenso, tabagista, dislipidêmico, amblíope de olho direito (OD) desde a infância, com queixa de baixa acuidade visual (AV) súbita e progressiva de olho esquerdo (OE), dor com piora ao movimento ocular e cefaleia temporofacial com hipersensibilidade de escalpe ipsilaterais. Sem outras queixas, inclusive de claudicação mandibular. Ao exame, AV conta dedos (CD) frente à face em OD e CD a 4 metros em OE. Biomicroscopia e tonometria sem alterações em ambos os olhos (AO), pupilas isocóricas e isofotorreagentes, sem DPAR. À fundoscopia de OD havia palidez e atrofia de nervo óptico (NO) e em OE, hiperemia de NO com papiledema, hemorragias em chama de vela peripapilares e mancha de Roth em arcada temporal superior. Em Campimetria Visual (CV), campo negro em AO, na Tomografia de Coerência Óptica (OCT) havia sinais de edema de camadas de fibras nervosas de OE. Ressonância magnética (RNM) de encéfalo com sinais sugestivos de neurite óptica à esquerda, RNM de coluna sem sinais de lesão medular desmielinizante. Exames complementares: testes rápido e treponêmico para Sífilis positivos, anti-MOG reagente 1/10, VHS 46 e VDRL não reagente. Líquor: VDRL não reagente, normoglicemia, hiperproteinorraquia leve, lactato normal e ausência de bandas oligoclonais. Diante do quadro, chegou-se à hipótese diagnóstica de Neurite óptica em OE: Neurossífilis e MOGAD, e optou-se por iniciar o tratamento para Neurossífilis com Ceftriaxona intravenosa durante 14 dias e pulsoterapia com Metilprednisolona em dois ciclos e uma sessão de plasmaférese para a neuropatia desmielinizante. Houve melhora da AV final (0,9), CV e do edema de NO de OE após o tratamento instituído.

Conclusão

Caso de neurite óptica com duas etiologias subjacentes, com a hipótese de que a sífilis desencadeou a MOGAD, uma vez que a literatura mostra que há relação de anti-MOG com várias infecções.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP - São Paulo - Brasil

Autores

MARJORIE RIBEIRO LOPES, LERIELI FERREIRA DA SILVA, RENATA DO AMARAL MORETO CARAVELAS

Promotor

Realização - CBO

Mídia de apoio

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Organização

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