Dados do Trabalho


Título

EFICACIA DA DESCOLONIZAÇAO PARA S. AUREUS EM CASO DE CALAZIO ENCISTADO DE REPETIÇAO REFRATARIO AO TRATAMENTO CIRURGICO

Objetivo

Calázios encistados recorrentes mesmo após a abordagem cirúrgica são um desafio, frequentemente associados à presença de patógenos como o Staphylococcus aureus. O objetivo deste relato de caso é demonstrar que a descolonização deste patógeno pode representar uma abordagem promissora para mitigar as recorrências, melhorando os desfechos para os pacientes.

Relato do Caso

Paciente masculino de 11 anos, portador de dermatite atópica, foi trazido pelo responsável ao ambulatório de Oculoplástica do HCFMUSP em fevereiro de 2023 com queixa de calázios nas pálpebras inferiores em ambos os olhos, mas volumosos à esquerda, há 5 anos, sem resposta ao tratamento clínico com compressas e pomada de ciprofloxacino e dexametasona. Realizada inicialmente tentativa de tratamento minimamente invasivo com injeções de triancinolona, também sem resposta. Optada por exérese cirúrgica dos calázios com remoção das cápsulas em sua totalidade, e envio do material para a cultura microbiólógica que evidenciou crescimento de Staphylococcus aureus multi sensível. Após o tratamento cirúrgico seguido de antibioticoterapia por via oral, houve melhora inicial do quadro, contudo apenas de forma temporária, com recidiva das lesões em 2 meses. Realizada então descolonização de S. aureus do paciente e dos familiares por meio de aplicação de mupirocina 2% por via intranasal por 5 dias e higiene corporal com clorexidina 2% em todo o corpo, 2 vezes por semana por 1 mês. Após tal descolonização descrita, houve remissão completa das lesões, que se manteve após 1 ano de seguimento.

Conclusão

A descolonização de S. aureus é uma intervenção promissora para pacientes com calázio encistado recorrente mesmo após a exérese cirúrgica, podendo representar um avanço significativo no manejo desta condição. Recomenda-se a integração dessa estratégia, composta pela aplicação de mupirocina 2% por via intranasal por 5 dias e higiene corporal com clorexidina 2% em todo o corpo, 2 vezes por semana por 1 mês, nos protocolos de tratamento, visando melhorar os desfechos clínicos e a qualidade de vida dos pacientes afetados.

Área

Oculoplástica

Instituições

HCFMUSP - São Paulo - Brasil

Autores

Carolina Minelli Martines, Suzana Matayoshi

Promotor

Realização - CBO

Mídia de apoio

Universo Visual

Organização

Organizadora

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