Dados do Trabalho


Título

PARALISIA DE SEXTO PAR CRANIANO SECUNDARIO A HERPES ZOSTER OCULAR

Objetivo

Descrever um caso de paralisia de sexto par craniano secundário a herpes zoster ocular (HZO).

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 78 anos, deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Oftalmológico de Sorocaba em Julho de 2023 por quadro de rash cutâneo vesicular em região orbitária e paralisia do VI nervo craniano, ambos à esquerda.
Possuía antecedentes patológicos de glaucoma, hipertensão e arritmia. Apresentava acuidade visual sem correção de 0,2 em ambos os olhos.
Na biomicroscopia, via-se ceratite punctata e reação de câmara anterior. A pressão intraocular estava dentro da normalidade e via-se discreto afilamento vascular com aumento da tortuosidade e microhemorragias periféricas à fundoscopia, sem alterações em nervo óptico.
A hipótese diagnóstica aventada foi de ceratouveíte herpética + paralisia de VI nervo craniano a esquerda secundário a HZO. O tratamento consistiu em aciclovir 4 gramas/dia por via oral e colírio de acetato de prednisolona 1% regressivo e midriático a cada 8 horas. Realizou seguimento no setor de Neuroftalmologia quando em Novembro de 2023 apresentou resolução do quadro.

Conclusão

O herpes zoster é causado pelo vírus Varicela Zoster e consiste em uma radiculopatia unilateral acompanhada de rash vesicular. A Herpes Zoster Ocular (HZO) ocorre quando o vírus acomete o ramo oftálmico (V1) do nervo trigêmeo (V). Manifestações relacionadas à musculatura ocular extrínseca são uma complicação rara nesse tipo de infecção.
O VI nervo craniano inerva o músculo reto lateral, que é responsável pela abdução ocular, e sua paralisia pode ocasionar esotropia em posição primária do olhar e sintomas como diplopia. O herpes zoster ocular é uma causa rara de paralisia de VI nervo craniano.
O tratamento se baseia no uso de antivirais visando resolução mais rápida dos sintomas. Nos casos de ceratouveite herpética, podem ser usados esteróides tópicos. O benefício do tratamento permanece incerto em relação à paralisia, podendo ser feita conduta expectante.

Área

Neuroftalmologia

Instituições

Hospital Oftalmológico de Sorocaba - São Paulo - Brasil

Autores

THAÍSA MARCELINO VIEIRA, Matheus Amaral Pacheco, Marcela de Cassia Barreira

Promotor

Realização - CBO

Mídia de apoio

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Organização

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