Dados do Trabalho


Título

LINFOMA NAO-HODGKIN DE CELULAS B DE ALTO GRAU COM COMPROMETIMENTO ORBITARIO - RELATO DE CASO

Objetivo

Relatar caso de linfoma não-hodgkin de células B de alto grau com acometimento orbitário.

Relato do Caso

Paciente feminina, 65 anos, apresenta-se com queixa de massa em olho esquerdo (OE) há 01 mês. Apresenta histórico de Linfoma de Hodgkin em remissão desde 2014. Ao exame, acuidade visual em olho direito (OD) 20/30 e em OE sem percepção luminosa. À bimiocroscopia, apresentava lesão em salmon patch em região temporal superior de ambos os olhos (AO); em OE proptose importante, com quemose de conjuntiva tarsal inferior, impedindo a oclusão ocular total (Figura 1). Motricidade ocular comprometida em OE, com leve preservação da adução. Fundoscopia evidenciava em OE disco óptico (DO) com bordos de difícil delimitação e sinais de palidez. Tomografia Computadorizada (TC) de órbitas mostrava formação expansiva na face lateral da órbita a esquerda, envolvendo a glândula lacrimal e ocupando espaço extra-conal, desviando anteriormente o globo ocular e deslocando medialmente o nervo óptico; apresentou também tecido infiltrativo junto à glândula lacrimal direita (Figura 2A). TC de Tórax demonstrou massa mediastinal. Realizada biópsia da lesão ocular e de massa mediastinal, além de tarsorrafia em OE. Análise histopatológica e imuno-histoquímica de fragmento da lesão resultaram em diagnóstico de Linfoma não-hodgkin de células B de alto grau, sendo visualizada proliferação linfoide atípica, positividade para os anticorpos anti-CD20, BCL2 e KI67 70%, imunorreatividade com PAX-5, IgG e MUM-1, e imunonegatividade com CD15, CD23, IgG4 e CD138. Foram indicados seis ciclos do esquema CHOP (ciclofosfamida, doxorrubicina, vincristina e prednisona) e posterior uso de rituximabe, com boa resposta clínica ao tratamento. Retinografia pós-tratamento mostra DO AO com bordos regulares, sem sinais de edema, e com palidez temporal em OE (Figura 2B).

Conclusão

A maioria dos linfomas orbitais é não Hodgkin, e a maioria destes (80%) tem origem nas células B. Esse caso evidencia a necessidade de diagnóstico e tratamento precoces, objetivando melhor desfecho clínico e visual.

Área

Órbita

Instituições

Universidade Federal Fluminense (UFF) - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Mariana De Oliveira Tavares, Priscilla Oliveira Andraus, Erika Marques Demori

Promotor

Realização - CBO

Mídia de apoio

Universo Visual

Organização

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