ALTERAÇOES VISUAIS AUTORREFERIDAS E SUA RELAÇAO COM RISCO DE QUEDAS EM AMBIENTE HOSPITALAR
Verificar a associação entre as alterações visuais autorreferidas e o risco de quedas de pessoas idosas hospitalizadas.
Estudo transversal, quantitativo, realizado em um Hospital Universitário localizado no Estado da Paraíba. Foram avaliados 284 idosos, de ambos os sexos, com 60 anos ou mais. A coleta de dados foi subsidiada por um roteiro estruturado para obtenção das informações pessoais, sociais e o estado de saúde visual, o Mine Exame do Estado Mental para averiguar a função cognitiva e a Morse Fall Scale (MFS) para avaliação do risco de quedas. O estudo foi aprovado, sob o parecer 2.193.755 e CAAE nº 62128816.0.0000.5183. Os idosos que aceitaram participar do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Sobressaíram os idosos do sexo masculino (52,5%), com a faixa etária de 60 a 69 anos (58,1%) e média de tempo de internação de 5,5 dias (mínimo 1 e máximo 60 dias). Observa-se na Figura 1 a organização das doenças autorreferidas pelos idosos e sua relação com a MFS. Constatou-se que a visão prejudicada apresenta forte influência sobre o alto risco de quedas (p< 0,001). O déficit visual é uma das alterações decorrentes do processo de envelhecimento e, somado as patologias oftalmológicas comuns nessa faixa etária como catarata, glaucoma, degeneração macular, refletem na redução da estabilidade postural. Além disso, a permanência em ambiente desconhecido, como ocorre na hospitalização, deterioriza ainda mais as funções sensoriais e perceptivas, favorecendo a ocorrência de quedas.
É de extrema importância detectar as condições visuais de pessoas idosas, logo na admissão, para que possam ser avaliadas as suas funções visuais, posto que estas prejudicam e/ou influenciam na sua funcionalidade. Dessa forma, é possível intervir e melhorar a saúde ocular, proporcionando autonomia e independência dos mesmos em ambientes hospitalares.
Epidemiologia
Oftalmologia Clínica
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY - Paraíba - Brasil
RENATA MAIA DE MEDEIROS FALCAO, ARISSA CRISPIM MAXIMO DE LIMA, EMILLY VIEIRA ZUZA ALENCAR, CAMILA SOUSA CRISPIM QUEIROZ, GEOVANNA MAIA DA NÓBREGA ARAÚJO, ALICE LINS DE ALBUQUERQUE CAVALCANTI MENDES, NOEME MARINA COURA URTIGA PORDEUS
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP