Título

MELANOMA NODULAR EM PALPEBRA

Objetivo

O objetivo desse trabalho é relatar caso de Melanoma Nodular, subtipo muito agressivo, raro, em paciente cuja faixa etária é incomum e cuja evolução foge do padrão. Portanto, um caso de relevância acadêmica.

Relato do Caso

HQS, masculino, 42 anos, natural de Brasília-DF, internado na oncologia do HBDF em 11/2023 devido a quadro abdominal e já com resultado anatomopatológico de Melanoma Nodular (MN) (data 10/2022), estágio pT4b. Optou por não realizar tratamento quimioterápico devido a efeitos colaterais e prognóstico muito ruim, sendo realizado então tratamento paliativo. Solicitou-se parecer da plástica ocular devido a lesão em pálpebra inferior direita (Figura 1). À ectoscopia, lesões metastáticas em pele de todo corpo, de tamanhos e colorações variadas (Figuras 2). Exame físico e complementar ocular normais. Optou-se por lubrificante e gel ocular e não cirurgia devido à necessidade de extensa reconstrução palpebral e risco exponencial de aumentar disseminação de metastática.

Conclusão

O MN é o subtipo mais agressivo de melanoma e o segundo mais comum, representando até aproximadamente 15% dos casos. Dissemina em 3 meses. Cresce verticalmente, apresentando-se como nódulos ou placas que podem ulcerar. Mais comum em homens acima de 50 anos. Rosto, tronco e pescoço são regiões mais acometidas. Pode surgir em pessoas de qualquer fototipo. Principais fatores de risco: idade elevada, história de melanoma in-situ ou invasivo, mais de 5 nevos atípicos no corpo. Diagnóstico por análise histopatológica. Tratamento é de acordo com o estágio, local, estado de saúde do paciente, características do câncer, sendo eles: exérese de lesão, quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo ou radioterapia. Portanto, o MN é um tumor agressivo de crescimento rápido que apresenta características clínicas que dificultam seu diagnóstico precoce e, muitas vezes, apresenta desfechos desfavoráveis, sendo de suma importância prevenção, diagnóstico e tratamento precoces.