Título

IMPORTANCIA DO MAPEAMENTO DE RETINA NA ROTINA PRE OPERATORIA: ACHADO DE DOENÇA METASTATICA

Objetivo

Descrever caso clínico de pré operatório para realização de cirurgia de facoemulsificação cursando com achado de doença metastática ativa em mapeamento de retina.

Relato do Caso

MLP, feminina, 62 anos, encaminhada ao serviço para realização de exames pré operatórios para facoemulsificação. Paciente em tratamento para câncer de mama há 08 anos, em uso de ÁCIDO ZOLEDRÔNICO a cada 6 meses e ANASTROZOL. Refere dislipidemia e osteoporose. Negou quaisquer antecedentes oftalmológicos. Na biomicroscopia, apresentou em ambos os olhos conjuntiva normocorada, câmara anterior formada, sem reações inflamatórias, córneas transparentes e catarata N1+. No exame de mapeamento de retina, foi evidenciada lesão elevada em média periferia temporal inferior, com moderado fluido subrretiniano seroso, não observadas roturas em periferia, vasos com calibre e reflexos preservados, demais parâmetros dentro da normalidade. Nesse contexto, ao proceder a investigação com os demais exames complementares, foi confirmada presença de lesão sugestiva de metástase de coróide, conforme evidenciado nas imagens em anexo, alterando assim a programação clínico - cirúrgica e seguimento do presente caso.

Conclusão

A coróide mostra-se como o local mais comum para acometimento metastático devido, principalmente, ao seu abundante suprimento vascular. A partir do caso apresentado, o tratamento da condição encontrada depende de alguns fatores como o status sistêmico do paciente bem como a quantidade, lateralidade e localização das lesões metastáticas encontradas, seguindo o espectro desde a observação clínica do paciente ao tratamento imunoterápico, quimioterápico e radioterápico locais e/ou sistêmicos, até a enucleação em casos de olhos cegos dolorosos. Com isso, mostra-se extremamente necessário ratificar a importância da realização dos exames oftalmológicos completos e de qualidade no pré operatório da facoemulsificação a fim de garantir uma cirurgia segura e evitar desfecho desfavoráveis no âmbito ocular ou sistêmico, principalmente em pacientes que apresentem comorbidades associadas.