Dados do Trabalho


Título

DEPOSITO CORNEANO BILATERAL EM PACIENTE USUARIA DE CLORPROMAZINA

Objetivo

O caso tem como objetivo discutir a importância do acompanhamento oftalmológico periódico de usuários de clorpromazina para o rastreio de alterações oculares, atentando-se ao tempo de exposição à droga e à posologia da mesma.

Relato do Caso

Paciente do sexo feminino, 70 anos, preta, atendida no ambulatório de oftalmologia do Hospital Ouro Verde, em Campinas (SP), Brasil, queixando-se de baixa acuidade visual progressiva em ambos os olhos. Estava em tratamento para psicose maníaco-depressiva com clorpromazina 300mg por dia por 14 anos, a dose total ultrapassou 2.000g. Não apresentava patologia oftalmológica prévia, realizou facoemusilficação mais implante de lente intraocular em olho direito em 2023.
Exame oftalmológico:
AV CC:
OD:20/25
OE:20/70
Bio AO: depósitos granulares marrons difusos, mais proeminentes no estroma profundo e nível de endotélio e depósitos marrons subcapsulares anteriores centrais com padrão estrelado no cristalino de olho esquerdo; pseudofácica de OD; ausência de RCA ; reflexo pupilar reativo; catarata nuclear 2+/4+ em OE.
Tonometria: 13mmHg (OD) e 11mmHg (OE).
Fundoscopia indireta AO : retina aplicada em polo posterior, disco óptico e mácula sem alterações, vítreo claro. Escavação papilar de 0,4x0,4 (OD) e 0,4x0,3 (OE).
O diagnóstico de depósitos corneanos e catarata secundária do uso de clorpromazina foi confirmado. Sugerimos tratamento cirúrgico devido a catarata em olho esquerdo e posterior refração.

Conclusão

As alterações causado pela clorpromazina ocorrem após dose cumulativa de 500g, afetando principalmente o cristalino e a córnea. A droga acelera o envelhecimento lenticular. A pigmentação do cristalino é rara com dosagem abaixo de 500g, mas aumenta entre 1.000 e 2.000g. Depósitos na córnea são geralmente presentes no estroma posterior, membrana de Descemet e endotélio. A dosagem deve ser reduzida ou um medicamento diferente deve ser usado caso apresente baixa acuidade visual. Concluindo que é fundamental o acompanhamento periódico com um oftalmologista de paciente em uso clorpromazina.

Área

Córnea

Instituições

Hospital Ouro Verde - São Paulo - Brasil

Autores

MATEUS COSTA DIAS JUNIOR, RAFAELA LARANJEIRA SILVA, DANIEL ATHAYDE TEIXEIRA FARIA

Promotor

Realização - CBO

Mídia de apoio

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Organização

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