DESCOLAMENTO SEROSO BILATERAL SECUNDARIO A ECLAMPSIA PUERPERAL
Relatar um caso pouco descrito sobre implicações oftalmológicas em paciente que apresentou eclâmpsia puerperal.
Paciente P.S.G, 19 anos, evoluiu com eclâmpsia puerperal, necessitando de internação em UTI até melhora pressórica e clínica por 3 dias. Após resolução de quadro, paciente relata turvação visual, mais importante em olho direito, sendo então encaminhada a hospital oftalmológico para elucidação de quadro.
Ao exame oftalmológico, apresentava acuidade visual com melhor correção de 20/25 parcial em olho direito e 20/25 parcial em olho esquerdo. Paciente estava sem alterações em biomicroscopia, sem alterações em motricidade extrínseca e pupilar. Em fundoscopia, revelou-se em olho direito, alteração de brilho macular e irregularidade sugestiva de descolamento seroso superior ao disco óptico. Em olho esquerdo, revelou-se retina com alteração de brilho macular. Após a realização de exames, a paciente retornou ao hospital de origem.
Conclusão:
A eclâmpsia é uma condição gravíssima da gestação, em que aumenta a mortalidade tanto materna quanto fetal. Ocorre devido falha da segunda invasão trofoblástica após 20 semanas gestacionais. Sua apresentação clínica é caracterizada por elevação da pressão arterial, cefaleia, proteinúria, dor abdominal, bem como lesões possíveis de órgãos alvos, dentre as quais, pode-se citar pulmões ou rins. As alterações visuais mais frequentes são: escotomas, turvação visual, diplopia, fotopsia. Algumas complicações são menos frequentes, tais como a oclusão de veia central da retina, cegueira cortical e descolamento seroso da retina. Relata-se neste trabalho, o caso de uma paciente de 19 anos, que após recuperação de eclâmpsia puerperal, apresenta turvação visual.
Retina
Holhos Prime - São Paulo - Brasil
ALFREDO HERBERT ZIELKE FILHO, Fernando Henrique de Carvalho Katayama
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2024023032
Responsável Técnica Médica: Wilma Lelis Barboza | CRM 69998-SP